Às vezes ouço algum metal adolescente breguíssimo e reparo que na minha cabeça os vocais ainda são os teus. É aquele teu trejeito esquisito de fazer os agudos - de quem abre demais as vogais e que quase dá a impressão de que vai quebrar a nota - que ecoa por aqui e que ainda me faz rir sozinha.
Traveling across all the dried up seas and the foreign lands we survived:
To believe that this is not the end
This is not the time.
- Tomara que ele volte. Se não você que vai pra lá.
E o tom de pura e simples afirmação parece reverberar no interior do carro. Aceito e faço apenas as objeções que me cabem: digo que a idéia era não voltar, mas tudo depende de como as coisas vão se acertar por lá. Dinheiro, emprego e essas coisas.
- Bem, se ele arranjar uma namoradinha aí é bem capaz de que fique por lá. Mas acho que ele deve é voltar mesmo.
Oh girl, this is what I've become
And I'm going to leave it up to you
What are you going to do?
Cause I don't want to lose your hold on me.
2 comentários:
Cada vez que vejo um post novo sinto um certo frio na barriga, um pequeno medo de que o texto diga mais do que as palavras que nele estão; por outro lado é sempre bom ver que você existe.
Eu digo praticamente tudo que posso.
Postar um comentário