quinta-feira, 24 de setembro de 2015






Às vezes ouço algum metal adolescente breguíssimo e reparo que na minha cabeça os vocais ainda são os teus. É aquele teu trejeito esquisito de fazer os agudos - de quem abre demais as vogais e que quase dá a impressão de que vai quebrar a nota - que ecoa por aqui e que ainda me faz rir sozinha.


Traveling across all the dried up seas and the foreign lands we survived:
To believe that this is not the end
This is not the time.


- Tomara que ele volte. Se não você que vai pra lá.
E o tom de pura e simples afirmação parece reverberar no interior do carro. Aceito e faço apenas as objeções que me cabem: digo que a idéia era não voltar, mas tudo depende de como as coisas vão se acertar por lá. Dinheiro, emprego e essas coisas.
- Bem, se ele arranjar uma namoradinha aí é bem capaz de que fique por lá. Mas acho que ele deve é voltar mesmo.


Oh girl, this is what I've become 
And I'm going to leave it up to you
What are you going to do?

Cause I don't want to lose your hold on me.


2 comentários:

Anônimo disse...

Cada vez que vejo um post novo sinto um certo frio na barriga, um pequeno medo de que o texto diga mais do que as palavras que nele estão; por outro lado é sempre bom ver que você existe.

Camila da Mata disse...

Eu digo praticamente tudo que posso.