sexta-feira, 3 de julho de 2015






Me importo bastante com meus amigos e talvez seja por isso que nunca reparei. Estou sempre num esforço contraditório de adivinhá-los mas não resumí-los: de entender como agem mas não limitá-los a problemas de lógica. Isso com todos - mas só até certo ponto.
Não é exatamente igual com elas (com vocês, pois este é pra vocês). Talvez me falte o esforço: acabo por não me aproximar do mesmo jeito - culpemos o hábito. Aceito-vos e me importo, mas de um jeito distinto: como se não tivesse uma colher de chá sequer, pro bem ou pro mal.

Me dói mais uma mulher pouco corajosa do que um macho de pouca fibra.
Me dói ver que reajo assim: que critico vocês mais duramente do que a eles, que exijo mais de vocês e pior - pois tudo isso cresce aos montes no lote que temos na vida -, que não sei dizer-lhes quando, como ou porquê vocês são maravilhosas.

Hoje me deparei com um gesto muito singelo de empatia - ou melhor, de sororidade - e não soube lidar. Acostumei a suturar sozinha minhas feridas. Não gosto que me ensinem e nem que tentem me ajudar (no fundo, talvez não queira nem sarar), mas me comovi.
Acho que o ponto é que não importa:  no fim, queridas, carregamos do mesmo sangue.

Um comentário:

Anônimo disse...

I wish there was a way to know you're in "the good old days", before you've actually left them.