"É que você fala tão pouco" acuso eu. Soa razoável, convincente. Soa como se eu não estivesse afirmando pela metade algo que eu não sei como dizer. Você encara, com uma seriedade daquelas que faz com que seja momentaneamente impossível adivinhar sua idade. Não diz nada - e nisso seu silêncio se parece tanto com o meu barulho, com o meu ruído.
Então não se preocupa: não é que você fale pouco.
É que o eco me desorienta.
2 comentários:
Por favor, não apague seu blog. As coisas que você escreve me mantém viva (e lúcida).
Nunca havia considerado a possibilidade de vir para cá e não encontrar nem o ruído.
O vazio infinito do silêncio é assustador.
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