segunda-feira, 14 de abril de 2014


Daquela lista de escolher dez livros importantes na sua vida (assim, sem pensar muito):


O Silmarillion, do Tolkien:
Só me responde: quantas vezes você já se pegou chorando a morte de um anão enquanto está no ônibus (você, não o anão) a caminho de casa? Do que conheço, acho O Silmarillion o melhor equilíbrio entre o rigor de historiador com a fantasia nas obras do Tolkien. Se, por um lado, é um compêndio resumido das principais histórias-lendas que dão o tom em todo o Universo do Tolkien; pelo outro é uma mistura sensacional de tragédia grega, filme romântico, história de guerra e novela da Globo (no melhor sentido possível, é claro).

Bestiário, do Cortázar:
Cortázar nunca dá pra saber. Pegar algo dele para ler é quase como vomitar um coelhinho: você sabe que vai encontrar algo no mínimo esquisito e interessante, mas é meio difícil dizer ao certo se vai ser bom ou ruim e se é mesmo uma boa idéia.
Com esse livro é uma exceção: ele é bom do começo ao fim e é certamente uma boa idéia lê-lo. Queriam os coelhinhos ter uma vida tão fácil sim.