quarta-feira, 24 de agosto de 2016






Me avisaram aqui da data.

Eu lembro de, ano passado, dizer que queria te dar um abraço e lembro de você me respondendo que estava longe. Verifico aqui uns históricos porque a internet permite citar com precisão quase todo tipo de coisa que não deveria e encontro: "só de ouvir meio que me dói e eu nem tenho nada a ver". Sigo não tendo, por assim dizer. Lembro, no entanto, de fazer o caminho entre os pontos de ônibus ali na Lapa (aquele ao lado da trilha do trem) chorando meio convulsivamente ao som da mais triste do Death Cab for Cutie porque, de fato, me doía.
Isso nem adiantaria verificar: é da parte que eu nunca te disse.

No histórico aparece casualmente a menina que recebia seu tempo enquanto você seguia me pesando o coração. Um ano atrás eu me argumentava que não valia a pena ser maluca e que era melhor deixar que tudo continuasse bem - o que concordo até hoje, apesar da inegável relação com todo o choro contido do mês seguinte.

É complicado tentar pôr tudo em perspectiva.
Eu lembro de coisas demais.

De modo que, se me perguntam de datas, respondo prontamente que deve ser segunda-feira.
"Definitivamente, segunda. Pois me dói muito a cabeça".

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