Eu estou com um texto "sendo" escrito aqui há semanas. Ele tem umas 15 linhas e não merecia existir. Nele há um dos piores erros que se pode haver em um texto: uma personagem encantadora é descrita de modo a parecer chata ¹. Fica aqui em palavras entrecortadas um adeus a um texto que merecia mesmo existir, mas que não parece querer sair de minhas entranhas:
O Chesterton tem um modo de tratar do que é racional, abordando a ciência, que traduz algo que sempre tive como alguma espécie de verdade que nunca-conseguira-formular. O modo como essa visão explica (ou melhor dizendo, emoldura) uma outra história que sempre me encantou - a do cientista que repete infinitamente um experimento porque o resultado obtido não é o teoricamente esperado - também é incrível.
E eu, um dia, hei de lhes convencer de que isso tudo faz sentido.
¹ Como a Franny, tenho um certo ódio por gente que é capaz de, com meia hora de discurso, arruinar algo que a gente sempre achou muito legal.
¹ Como a Franny, tenho um certo ódio por gente que é capaz de, com meia hora de discurso, arruinar algo que a gente sempre achou muito legal.
3 comentários:
(O equilíbrio dos extremos: Ser feliz como se não houvesse amanhã.
E, também, triste. Como se não houvesse amanhã.)
Uma hora sai, ou não. Disse o poeta (CDA):
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
Poem of the Year 10/10
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